» Concursos Públicos: “Estudar ou não na véspera do exame?”
Na véspera de um exame, milhares de candidatos ficam roendo as unhas, pensando nas questões que os esperam no domingo. Como a ansiedade é inimiga da boa prova, erros cometidos nos dias anteriores ao teste podem render uma nota ruim.
“Já vi gente varando a noite: um candidato ficou estudando de sexta para sábado, fez a prova no sábado, e ficou de novo acordado de sábado para domingo. Não agüentou e foi vencido pela fadiga. Desmaiou na prova”, conta Wilson Granjeiro, direitor do Obcursos, curso preparatório com unidades em Goiânia (GO), Brasília (DF) e São Paulo.
Para enfrentar esses dias de tensão, não há receita. Na opinião do professor Granjeiro, o candidato pode estudar na véspera e até no dia do exame. “Mas com moderação: revisar os apontamentos, fazer provas anteriores, seguindo um programa bem definido de revisão, que começa com as matérias com as quais ele tem menos identificação. É preciso revisar todos os pontos mais importantes nesses últimos dias”.
Granjeiro indica até um mínimo de horas de estudo: a mesma quantidade de horas do exame, para o corpo se acostumar ao ritmo de prova. E também não coloca limite para o tempo em que o candidato vai ficar sobre os livros: depende do bem-estar dele. No entanto, para Paulo Lot Júnior, consultor em comportamento e desenvolvimento organizacional e professor da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas, estudar é uma má idéia. |
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“A ansiedade tende a aumentar, assim como a sensação de que muito ficou por fazer, resultando em incapacidade de concentração.”
Para ele, o candidato tem de se divertir e relaxar, mas com moderação. Não pode fazer nenhum atividade que possa impedi-lo de estar fisicamente preparado para o exame.
Estudar ou não pouco antes do exame é uma escolha de cada candidato, mas, num ponto, não há dúvida: sono deve estar em dia. Durma mais cedo e acorde mais cedo, para ficar mais desperto no dia do exame.
E se der “branco” na prova?
Para Lot, o “branco” vem quando o candidato fica com muito medo de errar e tem a idéia de que, para fazer bem a prova, é preciso se lembrar de tudo integralmente, como estava nos livros e apostilas.
Para escapar desse problema, o professor sugere que o candidato mantenha a calma, porque o importante não é recordar tudo, mas fazer associações entre idéias e conceitos. “É plenamente possível um candidato conseguir em uma questão extrapolar o que obviamente está sendo pedido e, a partir de todo o seu conhecimento, melhorar o seu desempenho.”
Para vencer o nervosismo, o professor Lot sugere técnicas poderosas: a respiração profunda, por exemplo, é muito eficaz. Nela, o abdômen é levado à frente durante a inspiração. Soltar os ombros também ajuda. Além disso, “procure aquietar os pensamentos rápidos, que ficam passando pela mente, como querendo segurar os detalhes do conteúdo estudado. E leia a prova pausadamente”, aconselha Lot.
Por Juliana Doretto
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