Governo melhora e remuneração do Tesouro direto
O Tesouro Nacional informou na noite desta quinta-feira, 4, mudanças na remuneração do título Tesouro Selic 2025, a fim de evitar perdas ao investidor que resgata antes do vencimento.
Utilizado para investimentos a curto prazo, é uma alternativa a poupança, já que possui maior liquidez. Ele pode ser comprado por pessoas físicas via Tesouro Direto. A taxa básica de juros Selic é quem dita o rendimento, fixado em 6,5% ao ano. Investidores que resgatavam o título num prazo máximo de seis meses poderiam registrar maiores perdas em relação a poupança.
A justificativa, no entanto, é porque há uma diferença entre o preço do Tesouro Selic para compra e venda. O valor é menor para quem se desfaz do papel e mais alto para quem compra — o que acabava prejudicando a rentabilidade do investidor.
“O spread justifica-se pela necessidade de evitar que as oscilações dos preços praticados no mercado secundário, que servem de referência para o Tesouro Direto, resultem em perdas para o investidor ou para o Tesouro Nacional”, afirmou o órgão, em nota publicada no site tesouro.fazenda.
A partir desta sexta-feira, 5 de Abril, O Tesouro irá reduzir o “spread” (diferença entre o preço de compra e venda), de 0,04% ao ano para 0,01% ao ano, garantindo a mesma rentabilidade que a poupança, até nas datas de pagamento da remuneração da caderneta.
Sobre o Tesouro Direto
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho. Além disso, há incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, alíquota que varia de acordo com o período de investimento (tabela regressiva).
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